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O que é Atitude e como a Psicologia pode te ajudar com ela?

O que é a atitude? Bem, é um conceito que descreve algo. O problema é que cada um define esse conceito de forma diferente de modo que se você for pesquisar em outro lugar verá que não há consenso e achará muitas definições. Psicólogos sociais definirão de um jeito, psicólogos analítico-comportamentais de uma segunda maneira, psicólogos da Gestalt de uma terceira e assim por diante.
Aqui no Psicologia e Atitude vamos definir atitude como tudo aquilo que é conjugado como verbo, ou seja, sua atitude envolve tanto aquilo que você:
  1. pensa (chamamos isso de cognição, pensamentos ou crenças acerca de...); aquilo que você
  2. sente (chamamos de sentimentos/afetos/emoções) e aquilo que você
  3. faz (cotidianamente chamamos isso de comportamento, ação ou até de atitude mesmo).
(1) Pensar, (2) sentir e (3) fazer são ações e, portanto, conjugáveis como verbo, certo? Eu faço, você faz... eu penso, você pensa... eu sinto, você sente etc. Tudo isso está no mesmo pacote que podemos chamar de "atitude", "elementos da atitude" ou mesmo de "elementos do comportamento". No fim, essa divisão é apenas didática, porque esses três elementos são inseparáveis e o tempo todo um influencia tanto no outro que temos até que colocar sob um "microscópio" para ver as singularidades de cada um e não pensar que é tudo uma coisa só (que de certa forma é mesmo). Em que ordem surgem? Não há ordem. Qualquer um pode ocorrer primeiro e todos podem ocorrer ao mesmo tempo.
Frequentemente sofremos quando há uma incompatibilidade entre esses elementos. Vamos pensar numa situação comum: você (1) pensa que chocolate engorda e traz malefícios à saúde, se ingerido em exagero. Mas você (2) sente prazer, muito prazer ao comer, aprecia bastante o chocolate (ele é reforçador pra você) e (3) acaba comendo bastante e com isso você (2) sente bastante prazer de imediato mas à longo prazo (3) observa as consequências desse exagero, começa a (3) se recriminar (1) pensando que agiu mal e acaba (2) se sentindo muito mal com isso. Bem, você também poderia (3) comer com moderação e com isso você poderia (2) sentir um pouco menos de prazer na hora, mas a longo prazo poderia se (2) sentir bem com isso e ficaria (2) satisfeito(a) ao (1) pensar como você tem autocontrole e ao (3) observar e (2) sentir as consequências de (3) se comportar assim. 
Entendeu? A melhor forma de se viver é agindo de forma a haver maior harmonia entre esses elementos atitudinais e suas consequências.
Mas vamos incrementar isso com nossas habilidades individuais e contexto social. Isso porque aquilo que você pensa, sente e faz não ocorre no vácuo não é? Isso tudo depende de seu histórico de aprendizagem e de como isso é visto, punido, reforçado (ou não) em seu contexto. Para exemplificar vamos trocar o chocolate do exemplo anterior por "aquela pessoa".
(1) Você pensa que aquela pessoa é educada, bem humorada, responsável, bonita e (2) se sente muito bem (3) conversando com ela, fazendo atividades da escola (faculdade, trabalho, igreja etc) com ela. Logo você começa a (2) sentir atração e (1) pensa como seria ter um relacionamento com ela. O que você faz?
Bem, isso também sofre a influência do contexto no qual você vive e das habilidades que você tem. E aí vem aquelas três questões presentes em cada situação dessa:  
  1.  Posso? 
  2. Quero? 
  3. Devo?
Vamos entender aqui esse "posso?" como um "tenho condições/habilidades para isso?". O "quero?" pergunta a respeito de nossos desejos em relação a algo (ou alguém) e o "devo?" se refere a análise das consequências diretas e sociais advindas de sua atitude: de que forma ela será vista, reforçada, ou punida na situação concreta, no contexto social, político e econômico em que ocorre?
Essas são coisas que em toda circunstância temos que lidar, certo?
Retornemos ao exemplo: você já tem resposta para a segunda questão (quero?) pois está realmente atraída(o) por "aquela pessoa" e então sim, quer ter um relacionamento, digamos, mais íntimo com ela. Mas aí vem aquelas outras duas questões: posso? Ou seja, tenho habilidades suficientes para conquistar aquela pessoa? Tenho habilidades necessárias para manter a relação se ela se iniciar? Você pensa até mesmo se "tenho grana pra isso?". A terceira questão "devo?" se refere ao social: "o que meus pais dirão? Eles vão aprovar?" Ou "ops, já estou ficando com alguém, será que ficar com outra pessoa logo agora irá pegar bem?". E também há que se levar em consideração o que essa outra pessoa pensa, sente e fará a seu respeito, se ela sente que quer, pode e deve ter algum tipo de relação mais íntima contigo.
Um outro exemplo: já sei que quero abrir uma empresa, mas posso abrir? Tenho as habilidades necessárias e grana pra isso? Na condição em que está o país hoje eu devo fazer isso? Como minha família verá isso? Como meus atuais sócios vão agir quando eu desfizer a sociedade para abrir algo sozinho? Será que devo?
Nessas situações você analisa a si mesma(o) observando o que pensa, sente e faz/fará à luz daquilo que você pode, quer e deve fazer. Colocando isso em poucas sentenças nesse parágrafo pode parecer muito fácil analisar essas coisas, mas é só pensar em diferentes situações de nosso dia a dia que veremos como isso pode ser complicado!
Por vezes sequer sabemos o que realmente pensamos e nos sentimos com relação a algo (ou alguém) e não sabemos exatamente o que fazer! Podemos até saber, mas e aí? Sei que quero, mas posso? Devo? E, pior ainda, às vezes sabemos o que queremos mas ao pensar que talvez não possamos e não devamos nos questionamos o quanto realmente queremos aquilo mesmo.
Nesse emaranhado de coisas um psicólogo pode vir a calhar! Tanto para nos ajudar a identificar esses elementos quanto para, se necessário, a desenvolver as atitudes mais adequadas para lidar com essas diferentes situações. Conseguiu se ver nesses dilemas? Que tal um pouco mais de Psicologia e Atitude para você viver melhor? Agende já o seu horário clicando aqui.